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De que forma o serviço de NDVI otimiza a gestão da vegetação?
Analisar de forma consistente a vegetação agrícola de uma área demanda muita tecnologia. Uma das mais importantes é o sensoriamento. É graças a ele que conseguimos medir o vigor das plantas utilizando o indicador NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) ou Índice de Vegetação da Diferença Normalizada.
Os sensores utilizados para calcular o NDVI identificam canais de comprimento de onda correspondentes ao vermelho e ao infravermelho. Ao captar o reflexo desses espectros de luz em uma determinada região é possível medir a intensidade da clorofila de plantas. As mais verdes, apresentam mais clorofila e são mais vigorosas do que as mais amareladas. O indicador NDVI necessariamente variará entre -1 a +1. Áreas cujas plantas possuem menor vigor terão o NDVI mais próximo de -1, já as regiões com plantas bem verdes são mais vigorosas e terão o indicador próximo do +1.
O NDVI de uma gleba é calculado a partir das imagens que coletamos localmente por meio de sensores, terrestres ou aéreos. Como eles permitem identificar as regiões com menor ou maior incidência de clorofila, é possível calcular a diferença e encontrar o indicador. Em outras palavras, o sensoriamento para calcular o NDVI possibilita a geração de um mapa da área plantada tendo como premissa o vigor das plantas.
NDVI: entendendo melhor sua utilidade
A intensidade da clorofila das plantas é um grande indicativo da presença de Nitrogênio na área onde ela foi cultivada. Além de ser um elemento constituinte de moléculas de proteínas, enzimas, coenzimas, ácidos nucleicos e citocromos, o Nitrogênio tem importante função como integrante da molécula de clorofila. Consequentemente, em áreas onde há maior disponibilidade de Nitrogênio, as plantas costumam ser mais verdes e vigorosas.
Mas apesar de ser fundamental para o crescimento saudável das plantas, o excesso de Nitrogênio no solo pode poluir o lençol freático e a atmosfera. Assim sua utilização correta traz benefícios para o produtor e para o meio-ambiente. Quando, ao mapearmos regiões com maior ou menor incidência de clorofila, calculamos o NDVI de uma determinada área, estamos identificando a variação na concentração de Nitrogênio nos diferentes pontos do terreno.
No momento que analisamos essa variação junto da grande quantidade de dados que a Sólida coletou ao longo dos mais de 30 anos de prestação de serviços aqui nos Campos Gerais, conseguimos planejar, com precisão, a quantidade de Nitrogênio a ser aplicada em cada área da gleba.
Em outras palavras, os mapas de NDVI favorecem a maximização da produtividade da área plantada, já que eles permitem identificar a variação da concentração de Nitrogênio nos diferentes pontos do solo. Assim, na fase de adubação de cobertura, economizamos ou otimizamos fertilizantes para os pontos que já possuem maior concentração de Nitrogênio e focamos a aplicação do insumo apenas nos pontos do terreno que estão carentes desse nutriente.
Mapeamento do NDVI pela Sólida
Na Sólida, desde 2013, são utilizados sensores para mapeamento do NDVI. Prestamos esse serviço nas culturas de trigo, feijão e cevada. O procedimento de leitura NDVI começa com a implantação da faixa rica, em que separamos uma ou mais faixas na gleba, que sejam representativas, compreendendo todas as variáveis do talhão, através das zonas de manejo e/ou NDVI via satélite, passando por todas as regiões da gleba: as mais arenosas, as mais fracas e as mais férteis. Na faixa rica aplicamos 100% do Nitrogênio planejado para a lavoura. Esta, servirá de referência para a leitura dos sensores de NDVI.
Para as lavouras de feijão, ela deve ser instalada na época da semeadura, ou logo após o plantio. Já para as de trigo e cevada, ela pode ser instalada até o perfilhamento. O sensoriamento, é feito com 2 sensores ativos, AgLeader OptRX, acoplados a uma motocicleta com a qual percorremos toda a extensão da gleba, através dos rastros de pulverização. No momento ideal para cada cultura. A luz emitida pelos sensores permite que a leitura seja sempre feita com a mesma luminosidade, trazendo ganhos se comparadas às leituras por meio de satélites ou de drones – estas variam na luminosidade, inviabilizando medições capazes de recomendar adubação nitrogenada em cobertura.
Os sensores captam os movimentos de liberação de nitrogênio da matéria orgânica presente na gleba, de acordo com as condições de temperatura e chuva de cada ano. Assim, identificamos as regiões da gleba com maior e menor necessidade de adubação nitrogenada em cobertura. Os arquivos de leitura gerados na etapa de leitura, são enviados para a Fundação ABC, onde os dados são processados e gerados os arquivos dos mapas de aplicação de adubação nitrogenada. Eles são instalados nas adubadoras de taxa variável, que fazem a aplicação do Nitrogênio em cobertura nas culturas do feijão, trigo e cevada.
Na maioria dos casos atendidos pela Sólida, o mapeamento NDVI ocasiona uma redução da dose média de Nitrogênio a aplicar em cobertura. Em casos em que a cultura necessita maior demanda, o Nitrogênio é otimizado, garantindo a aplicação da dose ideal, para o bom desempenho da lavoura.
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