Na Sólida Agroconsultoria, utilizamos o mapeamento nutricional com zonas de manejo para otimizar a gestão de toda a fertilidade do solo das fazendas, garantindo uma gestão mais eficiente das informações de fertilidade. A primeira etapa desse processo consiste na classificação das zonas de amostragem, que envolve identificar a variabilidade existente no solo que será analisado.
Os solos dos Campos Gerais e de todo o Paraná apresentam alta variabilidade. Em um único talhão, é comum encontrar diferenças significativas nas características físico-químicas do solo, o que gera diversas classes dentro do mesmo espaço. Por isso, compreender essa variabilidade é essencial para que a coleta de solo reflita com precisão a realidade de cada área.
Para identificar a variabilidade do solo de cada talhão, utilizamos tecnologias avançadas, como sensores de condutividade elétrica (CE) medidos pelo VERIS, NDVI de feijão, cevada e trigo obtidos por sensores terrestres, NDVI de milho via satélite, além de mapas de argila e de colheita. Cada uma dessas ferramentas gera mapas de variabilidade, que podem ser analisados de forma individual ou em conjunto. Em nossa experiência, o mapa de condutividade elétrica é fundamental para a definição das zonas de amostragem, pois apresenta altíssima correlação com a produtividade, conforme comprovado por pesquisas da Fundação ABC.
Com base nos mapas de condutividade elétrica e em outros dados, definimos as Zonas de Manejo, que permitem a criação de mapas de prescrição em taxa variável para corretivos e fertilizantes. Também é possível identificar zonas de alta, média e baixa resposta, o que possibilita um manejo diferenciado em cada área, ajustando a população de plantas e a adubação, especialmente em culturas como o milho. Todo esse processo começa com a definição precisa das zonas de amostragem e avança com o armazenamento e a gestão de dados obtidos por diferentes sensores. Na Sólida, acompanhamos nossos clientes em todas as etapas, oferecendo suporte técnico para garantir a máxima eficiência no manejo do solo.
O mapeamento nutricional evoluiu nos últimos anos. O antigo método de grid, que interpolava dados de forma menos precisa, foi substituído pelas zonas de amostragem, que consideram toda a variabilidade existente no solo. Hoje, os pontos de coleta são usados apenas para assegurar que a amostragem seja bem distribuída dentro de cada zona.
Em cada uma delas, realizamos uma amostra composta, misturando e uniformizando várias coletas para obter uma amostra representativa daquela zona. A chave para um mapeamento nutricional mais preciso é contemplar toda a variabilidade do solo. O uso do VERIS permite identificar e agrupar zonas com características físico-químicas semelhantes, o que resulta em um manejo mais eficiente e sustentável.
A coleta de solo é uma etapa crítica quando buscamos garantir a qualidade das amostras geradas, especialmente nos casos em que há necessidade de amostras estratificadas (00-20 cm e 20-40 cm). Nessas situações, o método utilizado para realizar a coleta torna-se fundamental. Quando a coleta é feita com amostradores hidráulicos, como quadriciclos equipados com os amostradores, é comum ocorrer contaminação entre as camadas de solo, o que compromete a precisão dos resultados.
Estudos realizados pela Sólida demonstraram que, ao comparar os amostradores hidráulicos e o trado calador, os resultados obtidos com o amostrador hidráulico frequentemente apresentavam contaminação. Um exemplo disso foi a detecção de teores de fósforo (P) mais altos na camada de 20-40 cm do que na de 00-20 cm, algo incoerente e que indica a transferência de partículas entre as camadas durante a coleta. Por outro lado, o trado calador se mostrou uma ferramenta mais eficiente e assertiva, proporcionando resultados mais confiáveis.
A amostragem de 00-20 cm é utilizada para definir as doses de calcário, fósforo e potássio necessárias para o solo, enquanto a amostragem de 20-40 cm é essencial para determinar a quantidade de gesso que será aplicada, visando aumentar os teores de cálcio em profundidade. Além disso, é indispensável escolher um laboratório de confiança para as análises. Recomendamos laboratórios que participem de programas de controle de qualidade, como o Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade da Embrapa ou o programa do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Na Sólida, utilizamos uma plataforma digital que oferece acesso às análises de solo, zonas de manejo, mapas de fertilidade e prescrições em taxa variável. Todas essas informações ficam armazenadas e disponíveis ao cliente por meio de um aplicativo para celular. O agricultor recebe uma chave de acesso personalizada, que permite acompanhar a evolução da fertilidade do solo de suas áreas, bem como baixar mapas de aplicação e plantio em taxa variável, otimizando o manejo e o planejamento agrícola.
A plataforma também facilita o acompanhamento histórico da fertilidade do solo por meio de gráficos detalhados, apresentados safra a safra. Assim, o agricultor pode visualizar a evolução de elementos importantes para a análise de solo e tomar decisões para o manejo da sua propriedade. A gestão digital não apenas simplifica o acesso às informações, mas também promove um acompanhamento mais eficiente e estratégico, consolidando resultados sustentáveis e produtivos para o agronegócio.
© Todos os direitos reservados a Sólida