Para quem não conhece, NDVI é um indicador que mede o vigor das plantas de uma determinada área. Os mapas de NDVI mostram onde a população de planta está menos verde – e consequentemente menos saudável – e onde elas estão mais vigorosas, mais verdes.
A intensidade da coloração da planta está diretamente ligada à concentração de Nitrogênio daquela região. Como esse elemento é um importante integrante da molécula de clorofila, onde há mais Nitrogênio provavelmente haverá plantas mais saudáveis. Sendo assim, um dos evidentes benefícios do mapeamento NDVI para o planejamento da safra é a sua capacidade de indicar onde há maior ou menor concentração de Nitrogênio no terreno, possibilitando a adubação a taxas variáveis.
A Sólida, em parceria com a Fundação ABC, desenvolve mapas de NDVI para vários produtores dos Campos Gerais desde 2013, especialmente para as culturas de trigo e feijão.
A Sólida sempre se pautou pelo uso de tecnologia de ponta no agronegócio, com destaque para as ferramentas e metodologias que fornecem informações sobre as áreas a serem cultivadas; é por isso que acreditamos tanto na agricultura de precisão.
Como nos preocupamos em coletar o máximo de informações possível das propriedades que atendemos, em cada visita de assistência técnica levantamos dados que podem nos auxiliar na tomada de decisão futura. Eles alimentaram por muito tempo nosso banco de dados econômico-financeiro. Atualmente eles compõem o Sólida InCampo, nosso sistema de inteligência de negócio.
Os dados sobre as culturas de trigo compilados entre 2014 e 2021 mostram que, graças ao mapeamento NDVI, as propriedades atendidas pela Sólida diminuíram o uso de adubo nitrogenado em cobertura. A redução foi de 39 kg por hectare de Nitrogênio, que são equivalentes a 88 kg por hectare de uréia. Somente com diminuição no uso desses adubos ocorreu uma economia de R$ 305,00 por hectare, a preços de 2022.
Além da redução de custos, as áreas ficaram mais produtivas. A aplicação do Nitrogênio a taxas variáveis, respeitando as características de cada região da gleba, gerou um aumento de produção nas culturas do trigo que representaram um ganho financeiro médio de R$ 228,00 por hectare. Esse incremento acontece, principalmente, porque os mapas de NDVI nos mostram onde há maior necessidade de adubação em cobertura.
Os benefícios do mapeamento NDVI para o planejamento da safra ficam mais evidentes se analisarmos o cenário para a safra do inverno de 2022. Com um aumento de mais de 100% nos preços dos fertilizantes nitrogenados e com os preços do trigo seguindo altos, o mapa de NDVI torna-se uma ferramenta ainda mais importante para aumentar a rentabilidade da cultura do trigo.
Na safra 2020 da fazenda Olho D’Água, fizemos o mapeamento NDVI na gleba Portão, de 35,4 hectares.
A média de produtividade da gleba foi de 5.313 kg por hectare.
Graças ao mapeamento NDVI foram economizados 180 kg da fórmula 36.00.12 por hectare. Essa redução de custos equivale a US$ 54,00 por hectare ou R$ 297,00 por hectare, a preços de 2022.
O mapeamento NDVI tem se mostrado muito útil, há anos, também para as lavouras de feijão. Dados do período de 2017 a 2021 mostram que as propriedades atendidas pela Sólida diminuíram o uso de adubo nitrogenado em cobertura. A redução foi de 22kg por hectare de Nitrogênio, o que equivale a 50kg por hectare de uréia. Somente com diminuição no uso desses adubos ocorreu uma economia de R$ 175,00 por hectare, a preços de janeiro de 2022.
Além da redução de custos, as áreas produzem mais. A aplicação do Nitrogênio a taxas variáveis, respeitando as características de cada região da gleba, gerou um aumento de produtividade na ordem de 4% equivalente a R$ 330,00 por hectare, a preços de janeiro de 2022.
Para a safra 2017 da fazenda Santa Carlota, fizemos o mapeamento NDVI da gleba 94, de 95 hectares de extensão.
O mapeamento NDVI nos permitiu analisar a concentração de Nitrogênio em cada ponto e recomendar uma quantidade muito pequena – 5kg por hectare – do adubo de fórmula 27.00.12 em cobertura. Como a dose era pequena, optamos por não aplicá-la.
Os casos das fazendas Olho D’Água e Santa Carlota, dois clientes da Sólida, são exemplares para evidenciar as vantagens do mapeamento NDVI. Como ele permite uma análise da concentração do Nitrogênio pela variabilidade espacial, ele permite aplicar o elemento, em cobertura, conforme a necessidade de cada ponto. Dessa forma, economiza-se insumos, aumenta-se a produtividade da gleba e, consequentemente, favorece a sustentabilidade do sistema produtivo.
Se quiser entender um pouco melhor como fazemos o mapeamento NDVI, clique aqui. E se quiser tirar dúvidas sobre o procedimento e as vantagens que essa tecnologia traz, entre em contato conosco. Os agrônomos da nossa equipe terão prazer em explicar como o mapeamento NDVI pode te ajudar!
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